Até mesmo a equipe que domina a temporada, a Mercedes, contribuiu grandemente com o espetáculo, com uma luta já considerada épica entre seus dois pilotos, Lewis Hamilton, o vencedor, e Nico Rosberg, segundo colocado.
Por ironia do destino, o domingo foi quente no autódromo barenita porque o promotor do Mundial, Bernie Ecclestone, e o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, desejavam mudar as regras para tornar a competição mais atraente para o público, dentre outros interesses da equipe italiana, como reduzir a importante vantagem técnica da Mercedes.
"O que vimos aqui é uma prova de que o regulamento está correto e não devemos mexer em nada", afirmou Niki Lauda, diretor da Mercedes. "Depois de duas provas, apenas, já imaginaram que tudo estava errado. Não é assim. Assistimos a um grande espetáculo."
A diretora da Sauber, Monisha Kaltenborn, respondeu com eloquência: "Que bela resposta, não, aos críticos das novas regras? Não acredito que os torcedores nas arquibancas estejam reclamando hoje do barulho dos carros".
Ao adotar o motor turbo e os sistemas de recuperação de energia, ou seja, fazer dos modelos de F 1 carros híbridos, a competição está servindo de laboratório, disse. "Estamos desenvolvendo a tecnologia que será ainda mais utilizada nos veículos de série. E aqui levamos essa tecnologia ao limite."
O consultor com poder de decisão na Red Bull, Helmut Marko, também falou: "Vimos tantas ultrapassagens hoje porque havia pilotos com pneus em diferentes estágios de degradação, além da entrada do safety car e sua saída a dez voltas do fim". Já para a diretora da Williams, Claire Williams, as características do circuito também favoreceram a que o desenvolvimento das 57 voltas da corrida disponibilizassem de tudo.
O novo diretor geral da Lotus, o argentino Federico Gastaldi, também atribui à maior facilidade de se ultrapassar nos 5.412 metros do circuito de Sakhir que nos 5.543 metros de Sepang. "Não creio que se relacione aos pneus mais ou menos desgastados." O estranho nessas opiniões sobre o traçado barenita é que ele sempre se caracterizou por não facilitar as ultrapassagens.
Luca di Montezemolo deixou o autódromo antes do fim da corrida, na altura do safety car na pista. Para a imprensa italiana, criticou o barulho "baixíssimo" dos carros e não mencionou o belo show a que estava assistindo. Bernie Ecclestone da mesma forma não conversou com os jornalistas depois da prova.
Rosberg, líder do Mundial com 61 pontos diante de 50 de Hamilton, afirmou: "Acho que hoje a F1 fez muita gente feliz, apresentamos lutas de toda natureza, e essencialmente limpas, foi grandioso para o esporte".Reportar Erro
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