Não que participar da categoria-escola mais uma vez seja um problema para Nasr. Em 2013, no volante da equipe Carlin, ele brigou pelo título, terminando o ano em quarto. Com a permanência selada na tradicional escuderia, o brasiliense quer ganhar terreno e fechar 2014 com o título.
Para isso, porém, ele precisa driblar um pequeno obstáculo: a falta de vitórias. O brasileiro não sobe ao topo do pódio desde 17 de julho de 2011, quando ainda disputava a Fórmula 3 britânica (pela mesma Carlin, por sinal). Naquele ano, o grid da categoria contava com o dinamarquês Kevin Magnussen e com o finlandês Valtteri Bottas, titulares hoje na F1 por McLaren e Williams, respectivamente.
“Eu não fico satisfeito por não ter ganhado corrida. Esse não é meu desejo. Esse ano, vou estar com tudo para ganhar o campeonato”, prometeu Nasr, citando uma série de problemas nos dois últimos anos para justificar o jejum de vitórias na GP2 – entre eles, o regulamento.
Nasr sabe a importância do título da GP2 para poder brigar por uma vaga de titular na Fórmula 1 em 2015. Desde que a categoria foi criada para substituir a Fórmula 3000 a partir de 2005, apenas três campeões não subiram: Giorgio Pantano (2008), Davide Valsecchi (2012) e Fabio Leimer (2013), sendo que Pantano já havia disputado a Fórmula 1 pela Jordan em 2004.
A meta é seguir o caminho de outros campeões da categoria, como Nico Rosberg (2005), Lewis Hamilton (2006) e Nico Hulkenberg (2009), para chegar à Fórmula 1. No entanto, a chance poderia ter pintado já para 2014, caso as negociações com Toro Rosso e Sauber tivessem evoluído.
“A gente esteve em contato com a maioria das equipes medianas. Essa da Toro Rosso, que eu me lembro, foi o próprio Helmut Marko (dirigente da Red Bull que trabalha, entre outras funções, como uma espécie de olheiro de novos talentos para os programas da equipe) que veio atrás em uma corrida em Monza, para saber se a gente estaria disponível em ter a vaga na Toro Rosso. Houve uma breve negociação, mas nada foi levado mais a frente”, contou.
A Toro Rosso não levou a conversa adiante, optando pela contratação do russo Daniil Kvyat – que Nasr elogiou com alguma ressalva. No entanto, pintou a chance de ocupar a vaga de piloto reserva da Williams, onde ele é companheiro dos titulares Felipe Massa e Valtteri Bottas, bem como da piloto de desenvolvimento Susie Wolff.
“Eu estou acompanhando a Williams todos os finais de semana, e, ao mesmo tempo, competindo na GP2. Vai ser só uma fase de adaptação. Para mim, vai ser muito importante. Estou aprendendo muita coisa. O meio da Fórmula 1 é muito diferente, é um nível de profissionalismo muito maior. Para mim, foi muito importante ter dado esse passo na minha carreira”, comentou Nasr, que não deixou de apontar problemas iniciais no novo carro da Williams, o FW36.
“Eles viram que, na chuva, o carro não funcionou como eles esperavam, principalmente pelo fato de não estarem com muito downforce, muita aerodinâmica se comparado a outros carros. A velocidade de reta neles era muito boa, o que pode ser uma coisa ruim para a chuva. O carro precisa de pressão aerodinâmica, precisa de mais aderência”, completou.Reportar Erro
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Às vésperas da terceira temporada na GP2, Nasr estreiou na F1 como reserva da Williams. (Foto: Getty Images) 



