O dono da J&F, Joesley Batista, diz que teve a interferência de políticos no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para conseguir empréstimos bilionários. Em sue deleção o executivo do grupo apontou que em 2012 o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, foi um dos que o ajudaram a viabilizar o financiamento do banco para investir na fusão da empresa Florestal com a Eldorado, ambas do grupo.
De acordo com a matéria do Fantástico da TV Globo apresentada no domingo (3), as afirmações foram entregues a PGR (Procuradoria Geral da República) como parte da complementação da delação de Joesley.
Em sua delação, Joesley disse que em 2009 precisava de um empréstimo bilionário para a J&F, e assim entrou em contato com o então presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que não facilitou para o empresário.
O executivo do grupo então recorreu à ajuda do ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Guido Mantega, que ajudou o empresário. E houve uma reunião entre o primeiro e o segundo turno das eleições na sede do BNDES, onde Batista cobrou Coutinho sobre o apoio financeiro.
Ainda em ano de eleição política para presidente, como Luciano disse que era impossível analisar o projeto, o empresário retonou a Guido, ele também foi atrás de Antonio Palocci. Nesse período, em 2010, Palocci era braço direito da então candidata a presidente da República, Dilma Rouseff. José Serra, também candidato a presidente, foi procurado por Batista. Joesley disse que pediu apoio, mas sem dar propina em nenhum dos casos.
O pedido de Puccinelli
De novo diante de Guido Mantega, Batista insiste na ajuda, então o ministro marca uma reunião com Coutinho no Ministério da Fazenda. E que a partir disso conseguiu que seu pedido fosse avaliado junto ao banco.
O BNDES condicionou empréstimos para a fusão da empresa Florestal com a Eldorado, ambas do grupo J&F. As condições do financiamento foram difíceis a liberação do dinheiro demorou e no início de 2012 Joesley ligou para o então governador do Estado, André Puccineli, pedindo ajuda junto ao BNDES. Segundo o executivo, dias após o contato o BNDES iniciou a liberação dos financiamentos.
O advogado de André, Renê Siuffi, diz que não acredita na reportagem apresentada pelo Fantástico. “Eu não vi a matéria não vejo o Fantástico, não acredito em nada dessa emissora. Se o André apenas ajudou a empresa a se instalar no Estado é porque isso seria bom para a economia local”, disse Renê.
A Eldorado do Brasil Celulose foi construída em Três Lagoas – a 328 km de Campo Grande. Na liberação do empréstimo, conforme o dono da J&F, Guido Mantega recebeu 4% do valor do contrato.
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