Após o massacre em Suzano que vitimou oito pessoas e resultou no suicídio dos dois assassinos, a preocupação que fica é o que o poder público pode fazer para evitar que situações como essa voltem a acontecer.
Em entrevista ao JD1 Notícias, o deputado estadual Capitão Contar e o vereador André Salineiro, foram unânimes em defender o treinamento dos estudantes para casos parecidos.
Para Contar, se houvesse mais informações nas escolas sobre armamento e até mesmo a possibilidade de identificar perfis de alunos com algum problema, seja de bullying ou de alguma doença, poderia prevenir a tragédia. “É preciso ter controle maior de quem entra ou sai das escolas”, emendou o deputado.
Salineiro considera que atentados como o de Suzano estão mais associados a questões sociais do que segurança pública. “São situações onde a segurança pública não consegue prever, mesmo que tenhamos o melhor planejamento”, disse o parlamentar ao ressaltar a importância da guarda municipal armada em escolas para poder intervir em situações como essa.
A situação preocupa pais de alunos das escolas públicas de Campo Grande, como é o caso da dona de casa, Lucimara Batista dos Santos, mãe de dois adolescentes.
Os dois estudam em escola estadual e a mãe ressalta que não se sente segura em deixa-los na unidade. “A insegurança de mandar nossos filhos para escola vai ser grande porque estão a mercê desses maníacos assassinos”. Lucimara defende que nas escolas tenham detector de metal, policiamento intensivo, palestras e psicólogos para alunos e familiares.
Para Polianna Magda Passaia, a família tem uma parcela de culpa na situação. “Eu tenho quatro filhos, uma menina de 20 anos, gêmeos com 7 anos e mais um com 5 anos. Nathalia, João, Pedro e Lucas. Creio que a família sim tem sua parcela de culpa, os pais andam preocupados demais em dar tudo para os filhos e se esquecem do mais importante, ensinar valores, caráter, dar amor, e o mais importante esquecem de ensinar seus filhos o amor de Deus. Na verdade deveria existir uma força tarefa entre pais e escolas, todos deveríamos acompanhar”.
Massacre de Suzano
Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos e Luiz Henrique de Castro, 25 anos, invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, na manhã de quarta-feira (13), e mataram oito pessoas entre alunos e funcionários e depois se suicidaram.
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