Por ter caído em uma área de difícil acesso, as autoridades policiais priorizaram o resgate do corpo do médico ortopedista e pecuarista Ramiro Pereira de Matos, de 67 anos, que morreu ao cair de avião na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, segundo o Serviço de Busca e Salvamento (Salvaero), da Força Aérea Brasileira (FAB). A queda pode ter sido causada pelo mau tempo.
De acordo com a Polícia Civil, o avião decolou às 7h53 da manhã de terça-feira (16), em Araçatuba (SP), com destino a uma fazenda de propriedade particular dele, localizada em Figueirópolis D'Oeste (MT).
O monomotor desapareceu do radar do Centro de Controle de Área Amazônico próximo ao ponto final do trajeto. Os destroços foram localizados por volta das 14h, em uma fazenda no município de Corumbá, junto ao corpo do piloto.
Com apoio do Salvaero, o corpo foi removido do local e levado até a sede de uma fazenda na região. De lá, seguiu para Campo Grande e, posteriormente, para Araçatuba, onde chegou às 13h desta quarta-feira (17).
Equipes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) e do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) devem ir até o local para iniciar os trabalhos de perícia e apuração das causas da queda.
Condições climáticas
A FAB informou que havia instabilidade climática na região no momento do acidente, com chuva forte e trovoadas. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) também atuou na operação de buscas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia emitido um alerta de tempestade com “perigo potencial” para a área do acidente, válido das 10h até as 23h59 da terça-feira. O aviso indicava possibilidade de chuva entre 20 e 30 mm/h (com acumulado de até 50 mm/dia), ventos entre 40 e 60 km/h e risco de queda de granizo.
A queda ocorreu cerca de uma hora após a decolagem, em área de difícil acesso no Pantanal. A família acompanhava o voo por meio de um aplicativo de rastreamento e percebeu quando o sinal da aeronave desapareceu. Após a perda de contato, acionou moradores da região para auxiliar nas buscas.
Equipes da FAB partiram de Campo Grande para localizar o piloto e os destroços da aeronave.
Ramiro pilotava sozinho uma aeronave monomotor, de prefixo PS-FDW. O avião, modelo Cessna P210N fabricado em 1980, estava registrado em seu nome, conforme dados do Registro Aeronáutico Brasileiro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Tinha capacidade para cinco pessoas e a certificação de aeronavegabilidade era válida até agosto de 2026.
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O médico ortopedista e pecuarista Ramiro Pereira de Matos seguia para o Mato Grosso quando o acidente acontenceu (Foto: Redes sociais/Reprodução )



