A sexta fase da Operação Luz na Infância foi deflagrada nesta terça-feira (18) para identificar os autores de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. Foram expedidos mais de 94 mandados de busca e em quatros países além do Brasil, quatro delas foram em Mato Grosso do Sul.
O coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Alessandro Barreto, disse que os perfis criminosos abrangem “pessoas acima de qualquer suspeita”, das “mais diversas classes sociais”, com idade que vai dos 17 a mais de 80 anos.
O início desta fase contabilizou 38 prisões, 94 mandados de busca cumpridos por 579 agentes em 12 estados. Os outros 18 mandados estão sendo cumpridos em quatro países, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Panamá.
Em território nacional, foram feitas 14 prisões em São Paulo, nove em Santa Catarina, seis no Paraná, quatro em Mato Grosso do Sul, duas no Ceará e uma em Mato Grosso, uma em Goiás e uma em Rio Grande do Sul.
De acordo com o coordenador, é comum a reincidência de criminosos nessa área. “Um dos presos de hoje já tinha, inclusive, mandado de prisão por abuso e exploração sexual”.
Alessandro também afirmou que é comum encontrar pessoas que produzem esse tipo de conteúdo. “Em todas as fases [da Operação Luz da Infância] conseguimos prender abusadores e produtores. Nessa fase não será diferente. Certamente terá produtores e, nesse caso, a pena é ainda mais severa”.
Denúncias
Barreto fez um apelo para que a população denuncie qualquer caso suspeito desse crime. “As denúncias são muito importantes para as investigações ficarem mais robustas”.
A pessoa pode ligar de forma gratuita para o Disque 100 ou procurar a delegacia de polícia mais próxima. A central de atendimento funciona 24 horas por dia, recebendo denúncias anônimas sobre violações de direitos humanos.
O coordenador também destacou a importância de os pais estarem atentos ao que os filhos fazem na internet. “É muito comum aos pais instruírem seus filhos a não falarem com estranhos na rua. No entanto, esquecem de fazer o mesmo com relação à internet, que é um ambiente onde criminosos se fazem passar por crianças e acabam captando informações e dados”, explicou.
Diversas plataformas digitais como aplicativos de mensagens, redes sociais e jogos online possuem controle parental. “Os criminosos aproveitam todo e qualquer espaço onde haja crianças e adolescentes, para tentar atrair, pegar informações e obter imagens [íntimas]. É importante que os pais estejam sempre atentos para saber com quem o filho está falando e o tipo de serviço que o filho faz uso”, acrescentou.
Alessandro concluiu afirmando da importância da educação cibernética para prevenir esses casos. “A cybereducação é muito importante para mitigarmos os efeitos danosos do abuso e da exploração sexual infantil”, finalizou.
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Mandados também foram expedidos para quatro outros países (Reprodução)



