Uma das personagens centrais para a derrota de Renan Calheiros (MDB-AL), após a conturbada eleição para a Presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), pode tornar-se a presidente da comissão mais importante do Senado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ou relatora das principais matérias nesse colegiado.
As informações são da UOL Notícias e constam que após a renúncia da candidatura avulsa da senadora (derrotada na bancada do MDB) e apoio ao senador Davi Alcolumbre (DEM), restou gratidão da parte dele.
O UOL apurou com parlamentares que a senadora de 48 anos, ex-prefeita de Três Lagoas (MS) e com mestrado em Direito do Estado pela PUC de São Paulo, pode se beneficiar de um movimento estudado pelo novo presidente do Senado. Se a estratégia for concluída com sucesso, o grupo do MDB ligado a Renan perderia poderes na Casa.
A interlocutores, porém, Simone diz que não gostaria de relatar a reforma da Previdência, mas apenas trabalhar para aperfeiçoá-la. O movimento que pode beneficiar Simone passa por Davi Alcolumbre. Ele estuda acabar com a tradição da "regra da proporcionalidade". O nome pomposo significa distribuir os cargos na Mesa e nas comissões de acordo com o tamanho das bancadas. O MDB é a maior bancada com 12 senadores - liderado por Eduardo Braga (AM), um dos aliados de Renan - e teria direito a escolher os melhores cargos: a vice-presidência da Casa e as presidências das comissões mais importantes. No final da tarde de segunda-feira, Alcolumbre disse que vai "discutir" se mantém esse princípio. "A tradição era eleger um presidente do MDB, que tinha a maior bancada, e se elegeu um presidente do DEM", destacou ele ao UOL.
Ele vai se reunir com líderes na quarta-feira para debater o formato de distribuição de cargos. Simone Tebet questionou a proporcionalidade nas comissões e os direitos do grupo do MDB que apoiou Renan. "Venhamos e convenhamos: a presidência da CCJ não pode ficar com o grupo derrotado do MDB. Os dois maiores partidos que apoiaram o presidente Davi foram vitoriosos e já ocuparam esses espaços. O MDB perdeu a proporcionalidade. Agora, vamos tentar recuperar a proporcionalidade com companheiros que estejam em sintonia com a gestão da nova Mesa Diretora", defendeu.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Pela 1ª vez, Coptrel tem presidência de sul-mato-grossense

Senado articula envio de avião da FAB para repatriar brasileiros em Israel; três são de MS

PF localiza Carla Zambelli na Itália e aguarda decisão sobre extradição

Brasil estuda medidas para romper relações militares com Israel

Lula pede ao STF suspensão de ações judiciais sobre descontos indevidos em benefícios do INSS

Campo Grande sedia fórum nacional sobre futuro do Brasil

Dirigentes da Fórmula Truck são homenageados na Câmara de Campo Grande

Senado aprova projeto que torna homicídio em escola crime hediondo

Deputados votam PL que muda a responsabilidade da isenção de ICMS a templos religiosos
