A deputada federal Rose Modesto (PSDB), durante a Comissão Geral da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira (15), em Brasília, cobrou do ministro da Educação, Abraham Weintraub, a retomada dos investimentos do ensino básico ao universitário. O ministro foi convocado a explicar os cortes de R$ 7 bilhões dos recursos da União para o setor, anunciado no início do mês.
Rose destacou a importância das creches para as crianças. "Hoje, mais de 30%, ou seja, um terço das crianças de zero a três anos de idade, crianças pobres, estão fora dos CEINFs, das creches. Mas isso não traz um retrocesso só na questão da alfabetização. Hoje, há crianças correndo o risco de serem abusadas sexualmente por não terem onde ficar! Elas deveriam estar numa creche, mas muitas vezes estão nas mãos de um estranho".
A deputada vê com tristeza e questiona a situação. "Será que realmente não foi possível cortar recursos de outras áreas? O Diário Oficial, do dia 29, publicou que o Ministério da Educação teve o maior corte previsto!".
"Não há uma forma de pensar diferente senão a de que o Brasil ainda continua na contramão de todos os países do mundo que conseguiram diminuir a pobreza e a desigualdade, usando exatamente um instrumento chamado educação", desabafa Rose.
Após isso, Rose Modesto cobrou o ministro Weintraub: "Sabendo que esse contingenciamento previsto acaba sendo maior do que os cortes para as universidades, como está hoje a programação dos senhores? Há previsão de cortes para a educação básica, para a educação infantil, para o ensino médio? Sim ou não?".
Em resposta, Weintraub diz que o problema é mais grave ao que foi apresentado pela deputada. "Quanto ao fato de um terço das crianças estarem fora da creche, deputada Rose Modesto, eu concordo com a sua preocupação e vou reforçá-la, porque não é um terço que está fora das creches, pois um terço está nas creches, 30%; outros 70% estão fora da creche. E esse é um grande desafio que temos que enfrentar", afirmou o ministro. Sobre os cortes no orçamento, ele explicou que "a lei nos obriga, e a gente não tem margem de manobra senão contingenciar”.
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