O presidente da República, Michel Temer (MDB), foi entrevistado no programa Poder em Foco, no SBT, na madrugada desta segunda (17), onde falou um pouco sobre os anos de governo e balanços da gestão.
"Eu fiz um governo semiparlamentarista e trouxe o Congresso para governar comigo, algo que no passado não acontecia", afirmou.
Segundo o site UOL, sobre o estilo de governar, Temer ironizou a expressão "toma lá, dá cá". "Não tem nada de toma lá dá cá. Essa história foi criada. As pessoas não percebem que as emendas [parlamentares] são impositivas [ou seja, são obrigatórias, não cabendo negociação posterior]", afirmou sem se prolongar na explicação do funcionamento dessas emendas.
Ele também minimizou os protestos que recebeu logo após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. "Eu apanhei o governo numa situação de muita contestação. Quando o presidente é impedido, assume o vice, com toda naturalidade".
Temer elogiou Dilma "moralmente": "Eu tenho a impressão de que ela é uma senhora correta, honesta. Eu não tenho essa impressão de ela seja alguém que chegou ao governo para se apropriar das coisas públicas", disse. "Nunca tive essa impressão e confesso que continuo não tendo", concluiu.
Questionado em relação ao seu sucessor, Jair Bolsonaro (PSL), ele disse que sua "expectativa é positiva.
"Na democracia é assim: Há um momento em que o povo quer mudar tudo. Quando Lula foi eleito, foi assim. E mudaram. E essa mudança persistiu por vários anos. Agora, optou-se por uma forma 'contra tudo que estava aí'", comparou. Para ele, o próximo governo vai manter as reformas que implantaram ou, até mesmo, ampliá-las. "E eu acho que o governo Bolsonaro vai votar [a Reforma da Previdência] no começo do ano que vem". Já sobre o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, Temer foi menos assertivo em sua avaliação: “Eu acho que ele prestou um relevante serviço e, segundo as concepções dele, decidiu prestar esse serviço ao Ministério da Justiça”. Para o Bolsonaro, foi ótimo.
Denúncias
Michel Temer negou que irá para Portugal após o fim de seu mandato, disse que ficará em sua casa em São Paulo (SP) e se mostrou confiante em relação às denúncias que recebeu. "Quando eu sair da presidência o foco não será mais político, vai para o foco jurídico. [Não há] nem preocupação minha, nem dos advogados. Essa denúncia gerou duas manifestações da Câmara como se fosse um pedido de impeachment. E o que a Câmara fez? Negou", afirmou o presidente.
Ele repetiu a tese de que houve uma "armação" para impedir a Reforma da Previdência no ano passado, referindo-se ao episódio da gravação do áudio pelo dono da JBS, Joesley Batista, e mostrou tranquilidade ao expor os planos após o fim de mandato. "Na vida pública eu já fiz tudo o que eu tinha de fazer. Quero voltar pra São Paulo. Se me chamarem pra fazer palestras, eu vou... Eu vou ter tempo, né?" concluiu Temer.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Chapa do PT para 2026 ganha forma com Fábio Trad ao governo

Lei Orçamentária de 2026 entra na pauta do Congresso na próxima semana

Conheça os suplentes que devem assumir vagas de Zambelli e Glauber na Câmara

Com Edinho Silva, PT reúne lideranças e abre debate eleitoral em MS neste sábado

Conselho de Ética mantém sessão mesmo com ausência de Pollon

Prefeitura obtém liminar e livra servidores da "folha secreta" do imposto de renda

Moraes derruba votação que livrou Zambelli e ordena perda imediata do mandato

Carlos Bolsonaro renuncia cargo de vereador do Rio de Janeiro

Especialistas reforçam segurança das urnas no encerramento do Teste 2025


Presidente Michel Temer fez uma avaliação positiva do mandato (Divulgação)



