Duas crianças morreram por picadas de escorpião em Mato Grosso do Sul. Valentina Macedo, de apenas 8 anos, moradora de Chapadão do Sul, e Adryan Souza Martins, também de 8 anos, de Naviraí. Ao JD1, o médico Sandro Benites afirmou que esse grupo etário está entre os mais vulneráveis ao veneno do animal peçonhento.
Em Campo Grande, só entre janeiro e junho de 2025, foram registrados 1.844 acidentes com escorpiões, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Já no Estado, segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), Mato Grosso do Sul registrou 3.436 acidentes com escorpiões entre janeiro e junho deste ano. O soro antiescorpiônico está disponível em 67 municípios, apenas em unidades hospitalares.
Na Capital, as regiões do Lagoa e Anhanduizinho concentram a maior parte das ocorrências, e a tendência é de aumento nos próximos meses. A época de calor e chuvas, entre setembro e março, é a que favorece a proliferação desses animais.
“O escorpião virou uma praga urbana. Ele acontece o ano inteiro, mas os acidentes são mais comuns no verão, principalmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro”, explicou Benites.
A Sesau informou que casos leves e moderados são atendidos em UPAs e CRSs, com acompanhamento clínico e analgésicos. Já casos graves, como os que envolvem crianças e idosos, são encaminhados a hospitais de referência, onde é aplicado o soro antiescorpiônico.
Atualmente, o município tem 42 doses em estoque. O soro é fornecido também pelo Estado, por meio do Ciatox/MS, mas é reservado apenas para os casos mais graves.
A recomendação é procurar atendimento médico imediatamente após uma picada e não aplicar nenhum produto no local.
Espécies perigosas e habitats urbanos
Em Campo Grande, as espécies mais comuns são do gênero Tityus, sendo o Tityus serrulatus e o Tityus bahiensis os mais perigosos.
Eles representam alto risco, especialmente para crianças com menos de 10 anos, devido ao menor peso corporal e maior vulnerabilidade ao veneno.
Os escorpiões se escondem em entulhos, lixo, esgotos, restos de construção e locais úmidos. A urbanização descontrolada e a canalização de córregos contribuíram para o desaparecimento de predadores naturais, como galinhas, lagartixas, sapos e passarinhos, o que colaborou com o aumento da população desses animais nas cidades.
“O ser humano tem perdido a batalha contra o escorpião. Até hoje, a única medida eficaz é a limpeza de quintais e manutenção ambiental”, destacou Benites.
Como se proteger
- Chacoalhar roupas e calçados antes de usá-los.
- Manter berços afastados da parede e com proteção.
- Instalar ralos com tampa e vedação nos banheiros e áreas de serviço.
- Desinfetar canos e ralos com água sanitária regularmente.
- Evitar o acúmulo de lixo e entulhos ao redor das residências.
A Sesau, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realiza visitas técnicas e ações educativas para orientar a população.
Para mais informações ou solicitações, a população pode entrar em contato pelos telefones (67) 2020-1802, 3313-5000 ou WhatsApp (67) 2020-1796.
Em caso de emergência, os números de contato são:
SAMU – 192
Corpo de Bombeiros – 193
Ciatox – (67) 3386-8655 / 0800-722-6001
Disque Saúde – 150
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