A Prefeitura de Campo Grande decretou estado de emergência na Capital, devido a um surto de doenças respiratórias que está causando lotação nas unidades de saúde da Cidade. O anúncio foi feito pela secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, na tarde desta terça-feira (30), durante coletiva de imprensa.
O decreto de situação de emergência visa agilizar a mobilização de recursos e equipes para enfrentar o aumento significativo no número de casos de doenças respiratórias na Capital, que vêm acontecendo nos últimos dias.
Acompanhada da equipe técnica da Sesau (Secretaria Municipal Saúde), a secretária também anunciou as medidas de enfrentamento que passam a ser adotadas pelo Município, a partir do Decreto de Situação de Emergência publicado no fim da tarde de hoje (30), no Diogrande.
“Nós observamos que há cerca de três semanas, teve um aumento expressivo da circulação do Vírus Sincicial respiratória, e não só a circulação, causando problemas graves e necessitando de uma maior internação, resultando em uma superlotação. Essa superlotação é, não somente nos hospitais, mas principalmente nas UPAs.
A situação se deve ao aumento exponencial de doenças de trato respiratório, observadas também nas principais cidades do Brasil e dos países da América do Sul.
“Se compararmos com o período de início de janeiro e agora, em termos numéricos estamos com 1033 casos de síndrome respiratória grave. No ano passado, nesse mesmo período, tínhamos um pouco a mais até, também vivenciamos essa sazonalidade, mas o que chama muito a nossa atenção esse ano é que já temos 5 mortes por Influenza até agora. Queremos que a população entenda a gravidade disso e adote as medidas de prevenção, como uso de máscaras, a lavagem das mãos, uso do álcool em gel, etc.”, destacou.
Vale ressaltar que a vacina contra Influenza está disponível em Campo Grande, no entanto, segundo dados da Sesau, apenas 17% do público-alvo está vacinada.
Ocupação
De acordo ainda com a secretária, a ocupação de leitos na Capital está acima de 100%. “Nós estamos acompanhando e fiscalizando as unidades de saúde. Nessa segunda-feira (29), tivemos um número maior de atendimentos. Na segunda passada tivemos 6,5 mil atendimentos, e a média é de 4 a 4,5 mil atendimentos. Tivemos aí um número bem expressivo”.
Conforme relatou Rosana, os leitos de CTI pediátrico e neonatal estão 100% ocupados na Capital, atualmente. “Umas das medidas é ampliar esses leitos, onde está havendo maior necessidade”
A média de atendimento nas unidades de Saúde está entre 2h30 até 4h30. Na rede privada a média está semelhante, ou seja, é um problema em toda a Campo Grande, independente se utiliza a rede pública ou privada”
Medidas adotadas pelo Município
Conforme a secretária, foi disponibilizado reforço nas UPAs da Capital. “Nós aumentamos um médico em todas as unidades da Cidade, e dois médicos para a UPA Leblon, que é onde tem uma maior procura, uma maior rotatividade.
Também foram convocados enfermeiros e técnicos para atuarem na classificação de risco e está sendo estudada a convocação de demais profissionais para darem apoio as unidades diante a grande demanda.
“Nós estamos em tratativas, desde a semana passada, com a Santa Casa. Eles vão aumentar, no mínimo 10 leitos nos próximos dias. Independente, temos 10 ‘mini hospitais’ que são as unidades, onde estamos estudando estratégias para acolher esses pacientes nesse momento preocupante”, pontuou.
Segundo o último InfoGripe da Fiocruz, com dados do Ministério da Saúde, em Mato Grosso do Sul, com destaque para a Capital, está em um tendencia crescente, tendo a possibilidade ainda de aumenta de casos nos próximos dias.
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