Campo Grande deve imunizar 2.300 indígenas que vivem em aldeias urbanas e comunidade nesta semana. A ação promovida pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
Com início no domingo, já foram vacinados 650 indígenas aldeados. A Capital de Mato Grosso do Sul é um dos primeiros municípios do país a realizar a imunização de indígenas não aldeados, que vivem em áreas urbanas. A vacinação ocorreu na Aldeia Urbana Marçal de Souza, Bairro Tiradentes.
O prefeito Marquinhos Trad falou que a ação é um ato em favor da vida. “Através do diálogo, ouvindo o apelo das lideranças, chegamos a um consenso da necessidade de incluir estas pessoas dentro do cronograma de vacinação. O fato de residirem na cidade não as fazem menos suscetíveis do que os seus parentes que vivem na zona rural. A proteção através da imunização é muito importante para eles, assim como para toda à população campo-grandense”, ponderou.
Subsecretário de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU), Amadeu Borges explica que desde fevereiro a subsecretaria estava em contato direto com a Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai), para intervir junto ao Governo do Estado as doses para a comunidades de Campo Grande. “Na última quinta-feira recebemos o comunicado do secretário Robson Santos da Silva (Sesai) informando que estava autorizado as doses para indígenas do contexto urbano, que são responsabilidade de estados e municípios”.
A Coordenadoria de Defesa da População e Comunidade Indígena explica que o número de doses é representativo, porém está em andamento a atualização de um cadastro da população indígena por meio da SDHU. “Vamos pleitear novas doses para a população indígena de Campo Grande, mediante um cadastro que estamos realizando em nossas aldeias, com a colaboração dos caciques. Esse cadastro não será usado somente para fins de vacinação e sim para todo um censo relacionado às comunidades indígenas”, explica Claudély Mendes, coordenadora municipal de Defesa da População e Comunidade Indígena de Campo Grande.
Ainda segundo a coordendora, hoje Campo Grande tem 20 aldeias em seu território, sendo oito reconhecidas pela prefeitura, duas em fase de reassentamento e 10 em aglomerados.
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