Maqueiro no Hospital Miguel Couto há 16 anos, Renato Pereira da Silva, o Renatinho, usou um talento que possuiu para melhorar o astral das crianças atendidas na unidade municipal, que fica no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Ele pediu permissão ao diretor do hospital e pintou personagens de histórias infantis nas paredes da pediatria, o que transformou o ambiente e deu mais cor e alegria.
O profissional disse que “a intenção é deixar um ambiente mais leve e alegre para as crianças que estão sendo tratadas”, comentou.
O artista não vê a pintura como um caminho profissional, e sim como um “tratamento psicológico” para ele mesmo, como define.
Ele conta que em 2008, quando houve uma mudança de administração do hospital, foram retirados todos os quadros dos corredores, o que deixou o lugar ainda mais sem referências alegres. Agora, o maqueiro pediu permissão à enfermaria e ao diretor do hospital e botou mãos à obra.
Como os quartos da Pediatria são divididos pela idade dos pacientes, ele fez desenhos que se adequam melhor a cada faixa etária. Para os meninos, desenhou super-heróis famosos entre as crianças, como Thor e Capitão América.
Para as crianças em idade de alfabetização, desenhou uma parede inteira com as letras do alfabeto. As princesas Frozen e Tiana são duas das personagens que colorem as paredes do quarto das meninas. E ele já recebe até encomendas, como a de Isabella Barbosa, de 6 anos. “Agora, eu quero que ele faça a Bela e a Cinderela”, pediu a menina.
Renatinho desenhou e coloriu todos os desenhos em seus dias de folga, “eu chegava ao hospital às 7h e terminava às 22h. Só parava para almoçar”.
Para Simone dos Santos Ramos, 33 anos, que trabalha como servente no hospital, os desenhos do maqueiro animam as crianças: “Por ser um lugar triste, os desenhos fazem com que elas se sintam melhor em estar aqui”.
Seus desenhos podem ser vistos na página “RPS Artes”, no Facebook. Apesar do talento, Renatinho não vê o desenho como uma profissão. “Não tenho o desenho como forma de ganhar dinheiro, o desenho, para mim, é um tratamento psicológico”, ressalta.
No ano passado, ele concluiu o Ensino Médio e atualmente está fazendo curso de técnico de enfermagem, custeado pelas enfermeiras do Hospital Miguel Couto e por uma senhora para quem trabalha como cuidador.
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