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Cultura

Flores, bichos e leveza: mostra celebra obra de Galvão Pretto em Campo Grande

Evento gratuito na Casa de Ensaio celebra o legado do artista com mais de 40 obras

29 abril 2025 - 18h12Carla Andréa

A delicadeza de flores do cerrado e a força simbólica dos bichos do Pantanal se encontram na mostra “Flores e Bichos: A Leveza na Arte de Galvão Pretto”, que homenageia o legado do artista plástico carioca radicado em Mato Grosso do Sul.

A exposição foi inaugurada na última segunda-feira (29), na Casa de Ensaio, localizada na Rua Visconde de Taunay, 203, em Campo Grande, e pode ser visitada gratuitamente até o dia 20 de junho.

A abertura contou com uma apresentação de afrojazz comandada pelo percussionista Jorge Aluvaiá.

Idealizada pela psicóloga e professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Jacy Curado, que foi companheira de Galvão por mais de duas décadas, a mostra reúne mais de 40 obras que revelam a maturidade artística do criador e sua conexão profunda com a natureza sul-mato-grossense.

Entre pinturas, desenhos e esculturas com técnicas próprias, a exposição propõe um mergulho sensível no universo estético de Galvão Pretto, morto em janeiro de 2023, vítima de um câncer. 

“A mostra apresenta uma das fases mais leves da produção do Galvão, em que ele já estava totalmente enraizado como sul-mato-grossense”, explicou a curadora Ilva Canale.

Natural do Méier, bairro da zona norte do Rio de Janeiro com fortes raízes ferroviárias como Campo Grande, Galvão nasceu em 1954, mesmo ano da inauguração do Cine Imperator – hoje Centro Cultural João Nogueira.

Formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele ganhou seu primeiro prêmio em um salão de arte em Petrópolis, antes de se estabelecer em Campo Grande, em 1999, onde passou a maior parte da vida adulta.

“A obra de arte nunca morre. Eu me vejo como a fiel depositária do acervo dele e tenho a obrigação de fazê-lo circular”, afirmou Jacy Curado.

Segundo ela, muitas das obras expostas foram produzidas em períodos difíceis, como a pandemia ou fases de tratamento de saúde. “Ele fez desses momentos algo leve, como quando passou a produzir peças de tecido, como os cachorrinhos, em vez de pintar. É essa leveza que queremos compartilhar.”

A montagem da mostra ficou a cargo do cenógrafo Haroldo Garay, amigo do artista. Inspirado pelo humor e espontaneidade de Galvão, Garay aposta em uma expografia lúdica. “Vamos colocar os animais no chão, como se estivessem na lagoa ou no mato. É um jeito de tornar a mostra acessível, principalmente para as crianças – e para a criança que existe nos adultos”, disse.

Para a galerista Celeste Curado, cunhada do artista, a mostra também celebra um novo espaço de circulação da arte local: a reinauguração da Galeria Lúcia Barbosa Martins, dentro da Casa de Ensaio. 

A exposição é a primeira dedicada exclusivamente à obra do artista após sua morte. Mas, como destaca Jacy, deve ser apenas a primeira de muitas. 

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