A cúpula da Fifa tem diversas reclamações em relação ao governo federal. Entre elas, está o atraso nas construções dos estádios que, na visão dos cartolas, levou ao aumento de custos total. O exagerado preço final das arenas é a principal crítica nos protestos contra a Copa, que transformaram a entidade em alvo.
Também há um consenso dentro da Fifa de que a presidente da República, Dilma Roussef, demorou a falar sobre as manifestações. E, pior, fez uma declaração tímida sobre a Copa-2014, com um discurso que tentava desvincular a União de investimentos nos estádios. Isso apesar de existir verba federal nas arenas, por meio de incentivo fiscal e de uma empresa que é metade estatal, no caso do estádio de Brasília.
Apesar desse descontentamento interno, cartolas da Fifa decidiram adotar a tática de não falar nada pesado em público. A ideia é tentar mostrar os benefícios do Mundial para o Brasil e ao mesmo tempo se desvincular das manifestações. Questionado sobre os protestos, ao voltar ao Brasil após viagem de uma semana, o presidente da entidade, Joseph Blatter, tentou livrar-se do problema. "São questões internas sociais que não tem relação com o futebol", afirmou, nesta quarta-feira.
A verdade é que dirigentes da federação internacional de diversos níveis se mostraram assustados com as manifestações, principalmente os estrangeiros. Tanto que o próprio Blatter tem se exposto o menos possível em cidades onde há protestos, viajando para os jogos apenas no dia das partidas.
Também há certo sentimento de incompreensão em relação às vozes da rua. Até quarta-feira, por exemplo, não tinham a percepção de que o ambiente político pode dificultar a liberação de verbas para a infraestrutura do Mundial. Um exemplo era dinheiro previsto para telecomunicações na competição que foi reprovado em sessão no Congresso, na noite de terça-feira.
Para 2014, um dos objetivos da Fifa será tentar entender o contexto político brasileiro. Assim, esperam evitar ficar novamente no meio do tiroteio entre políticos que afeta a organização do Mundial, na visão dos dirigentes. Também há a intenção de pressionar o governo por melhoria nos serviços, como na área de segurança. O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, avaliou que 20% dos itens previstos para a Copa das Confederações não funcionaram como previsto.
Um resumo é que, quando os cartazes das manifestações abaixar, e a cúpula da Fifa deixar temporariamente o país, dificilmente as relações entre seus cartolas e o governo brasileiro terá a mesma harmonia de antes da Copa das Confederações.Reportar Erro
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