Michael Phelps deu, neste sábado, suas últimas braçadas olímpicas. Perto dali, no estádio olímpico, Usain Bolt assumiu o posto de maior atleta da Olimpíada que o norte-americano acaba de deixar vago. Enquanto essa passagem de bastão de estrela-mor das Olimpíadas acontecia, o Brasil se deparou com sua realidade: assim como Fabiana Murer viu sua medalha sumir, segundo ela, por causa do vento londrino, dois terços das chances de pódio com que o Brasil chegou à Inglaterra já foram embora.
A transição entre Phelps e Bolt não poderia ser mais emblemática. Em sua despedida, o nadador levou a 22ª medalha olímpica de sua carreira com um ouro. A conquista veio no revezamento 4x100 m medley, prova que o time dos EUA nunca perdeu em uma Olimpíada. No pódio, ele recebeu um troféu especial da Fina (Federação Internacional de Natação) por uma carreira que, segundo o próprio, acaba aos 27 anos.
Já Bolt entrou em cena com a mesma irreverência de sempre. O homem mais rápido do planeta chegou ao bloco de largada sorrindo e fazendo brincadeiras com o público. Errou na saída em sua eliminatória dos 100 m rasos. Diminuiu o ritmo no final. E mesmo assim chegou em primeiro lugar.
A excelência da dupla Phelps-Bolt contrasta com os resultados das estrelas brasileiras. Foi um sábado amargo para o país. Logo pela manhã, Fabiana Murer, campeã mundial e uma das favoritas para uma medalha, acabou eliminada das Olimpíadas ainda nas eliminatórias do salto com vara. Recordista sul-americana com 4,85 m, ela não conseguiu passar dos 4,55 m em Londres. O vilão foi o vento, tão forte na cidade olímpica neste sábado que bandeiras foram arrancadas de seus estandartes - na final do tênis feminino, Serena Williams ouviu o hino americano sem o “star spangled banner” por isso.
“Quando saí correndo, o vento estava muito forte contra, aí parei, decidi esperar mais um pouco e quando comecei a correr de novo ainda estava muito forte. Realmente não dava para fazer o salto porque estava muito perigoso, e não dava mais tempo”, explicou Murer.
A medalha que Fabiana deixou voar, porém, não foi a única que o Brasil lamentou em sete dias dos Jogos de Londres. Considerando as previsões de medalhas de três fontes diferentes (Sports Illustrated, USA Today e Guardian), somando os diferentes atletas e equipes que poderiam subir ao pódio, o Brasil havia chegado aos Jogos com 27 medalhas em potencial. Hoje, sobram apenas dez (11, na verdade). Quase dois terços a menos.
No judô, por exemplo, sete atletas poderiam medalhar. Três (Sarah Menezes, Mayra Aguiar e Rafael Silva) confirmaram as expectativas. Um, Felipe Kitadai, surpreendeu a todos com seu bronze. Os outros quatro (Leandro Cunha, Leandro Guilheiro, Érika Miranda e Rafaela Silva) perderam. No boxe, dos quatro candidatos (Robson Conceição, Everton Lopes, Esquiva Falcão e Myke Carvalho), só um segue vivo: Yamaguchi Falcão, que está a uma vitória do pódio, não aparecia na lista de possíveis medalhistas.
Na natação, que terminou neste sábado, o Brasil tinha três chances, com Cesar Cielo nos 50 m livre e 100 m livre e com Felipe França nos 100 m peito. Dessas, só levou uma, com Cielo nos 50 m. A outra foi de Thiago Pereira, ignorado nas previsões. Outros pódios em potencial que já se despediram são a seleção feminina de futebol e Diego Hypolito no solo da ginástica.
No total, 11 medalhas ainda podem ser conquistadas de acordo com a análise das publicações. Além de Esquiva Falcão - e de seu esquecido "xará", Yamaguchi - no boxe, o país pode subir ao pódio com Arthur Zanetti na prova de argolas da ginástica, Poliana Okimoto na maratona aquática e Natália Falavigna no taekwondo. Nos esportes coletivos, as chances são das seleções masculinas de futebol e basquete, dos times masculino e feminino de vôlei e com as duplas Alison/Emanuel e Juliana/Larissa no vôlei de praia. Que o vento seja bom para eles.
Via Uol
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