De peruca 'black power', Daniel Alves posa ao lado do zagueiro Dante e da taça. (Foto: Getty Images)
Estádio Ellis Park, 28 de junho de 2009. Campeões da Copa das Confederações, os jogadores brasileiros fazem uma roda no centro do campo e iniciam uma reza. Era o tempo da seleção brasileira com forte influência evangélica. A ponto de a manifestação no meio do gramado ter gerado uma repreensão da Fifa, que proíbe esse tipo de atitude.
Maracanã, 30 de junho de 2013. Campeão e melhor jogador da Copa das Confederações, Neymar pega a taça pela primeira vez, olha para ela e fala: "Ah, moleque!". Era a senha para o início de uma festa que teve filhos e familiares em campo, perucas, músicas populares. Um estilo bem mais descontraído, que mostra uma nova cara do time nacional.
A intensidade da festa explica-se também pela nova estrutura do Maracanã, que permite uma interação com a torcida, e pela grande presença de parentes e amigos próximos a tribuna onde foi entregue o troféu. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) disponibilzou até 40 ingressos por atleta. E os respectivos familiares chegaram em grupo ao estádio.
Foram o filho e a filha do goleiro Júlio César, Cauet e Júlia, quem apareceram primeiro: foram receber com ele o prêmio de melhor goleiro. "Foi um momento especial. Eu avistei os dois na arquibancada e fui buscá-los rapidamente", explicou Júlio César. Outros jogadores seguiram o exemplo. Tanto que a foto oficial do campeão teve presença de várias crianças. Foram para perto do meio do campo, justamente o ponto onde os atletas de 2009 rezaram.
Já com a taça de campeão nas mãos, Daniel Alves recebeu uma peruca preta, estilo black power, da arquibancada. Vestiu e ficou pulando com Dante, que tem uma cabeleira natural similar. A piada também valeu na zona mista quando Cauet também usava uma peruca parecida. "É meu parceiro", brincava Dante.
O atacante Hulk, que saiu durante o jogo, chegou ao espaço com som alto em seu aparelho de som: "Puxa, agarra e chupa", dizia o refrão da música que ele ouvia.
Há alguns jogadores daquele time de 2009 que também conquistaram o título no Maracanã. Entre eles, estão o lateral-direito Daniel Alves, o goleiro Júlio César e o zagueiro Thiago Silva. De uma certa forma, os festejos irreverentes recuperam o ambiente de 2005, quando a seleção comandada por Ronaldinho, Robinho e Adriano era mais adepta do pagode do que da reza.
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