Com objetivo de oportunizar inserção de mulheres em situação de prisão no mercado de trabalho, custodiadas do presídio feminino de regime semiaberto e aberto da capital participam do projeto nacional Cozinha e Voz. Atualmente, dez internas estão sendo capacitadas no curso de Assistente de Cozinha, ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Essa é a primeira edição voltada para mulheres vítimas de violência doméstica, encarceradas e egressas do sistema prisional. A iniciativa é uma realização do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), por intermédio da Coordenadoria da Mulher e Escola Judicial, em parceria com Ministério Público do Trabalho, Organização Internacional do Trabalho, Senac Gastronomia e Turismo, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
A realização do curso conta com a participação da atriz Elisa Lucinda e da chefe de cozinha Paola Carosella, uma das juradas do show de talentos MasterChef Brasil. Esta edição tem como foco oferecer qualificação profissional e aumentar o potencial de empregabilidade de mulheres em situação de violência doméstica, encarceradas e egressas do sistema prisional de Campo Grande.
Para a custodiada Maria José Dantas é a realização de um sonho participar dessa ação. “Só tenho que agradecer a Deus e a todos que acreditaram em mim e no meu potencial, por me proporcionar essa oportunidade de recomeçar”, afirmou.
“Para mim representa uma porta aberta e garanto que vou aproveitar com muita dedicação e comprometimento, está sendo um privilégio participar desse projeto”, destacou a interna Alice Pereira da Silva.
A formação em Assistente de Cozinha contempla duas etapas: uma oficina em para desenvolvimento da expressão oral e um módulo com aptidões básicas do trabalho em uma cozinha de restaurante. A conclusão do curso está prevista para quarta-feira (28) com a entrega dos certificados.
Em seguida, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) vai auxiliar na viabilização de carteirinhas sanitárias às participantes.
Segundo a diretora em substituição legal da Unidade Penal, Cleide Santos do Nascimento Freitas, a inclusão das internas no projeto também contou com a colaboração da prefeitura de Campo Grande e a Secretaria Municipal de Educação (Semed).
“Contribuíram significativamente ao providenciarem a inclusão das crianças das reeducandas nas creches, o que foi fator determinante para possibilitar a participação no curso”, afirmou agradecendo a mobilização das entidades em prol desse trabalho, finalizou.
Além disso, o projeto também conta com o apoio do juiz da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Mário Esbalqueiro Junior; da Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres; e da Casa da Mulher Brasileira, que foram responsáveis por indicarem o público alvo deste curso.
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As internas terão oportundiades no mercado de trabalho (Divulgação/Assessoria)



