Menu
Menu
Busca quarta, 08 de outubro de 2025
Justiça

PX, ex-policial militar, perde salário de quase R$ 20 mil

Governo do Estado cassou os proventos do ex-policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, excluído da corporação em razão de envolvimento com atividades criminosas

16 maio 2025 - 09h00Vinícius Santos     atualizado em 16/05/2025 às 10h17

Foi publicado nesta sexta-feira (16), no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul, o Decreto “P” nº 713/2025, que cassa oficialmente os proventos do ex-capitão da Polícia Militar (PMMS), Paulo Roberto Teixeira Xavier, conhecido como “PX”. 

A medida foi assinada pelo governador Eduardo Corrêa Riedel (PSDB) e é resultado de decisão judicial proferida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), que em 2019 decretou a perda de posto e patente do militar.

Conforme o decreto, a cassação dos proventos foi determinada em decorrência da perda do posto e patente, conforme os termos do artigo 16, inciso I, da Lei nº 105/1980, que trata do  Conselho de Justificação. 

Segundo dados do Portal da Transparência Estadual, até então, PX recebia remuneração mensal de R$ 19.491,57, referente ao cargo de oficial intermediário, valor pago pela Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul (Ageprev).

Processo começou em 2016

A representação contra Paulo Xavier teve início em 2016, quando o então capitão foi levado ao Conselho de Justificação da Polícia Militar, responsável por avaliar, por meio de processo próprio, a capacidade de permanência de um oficial nos quadros da corporação. Após análise, o Conselho concluiu que PX deveria ser declarado indigno de permanecer nas fileiras da PMMS.

Segundo dados processuais, PX participava de uma organização criminosa composta por policiais militares e civis, que atuava na exploração ilegal de jogos de azar, como máquinas caça-níqueis e cassinos clandestinos, tanto em Mato Grosso do Sul quanto em território estrangeiro, como a Bolívia. Ainda conforme a decisão, o oficial utilizava a estrutura da Polícia Militar para interesses pessoais, praticando condutas classificadas como faltas disciplinares graves. 

As investigações apontaram também que PX mantinha sociedade comercial com a esposa e utilizava-se da força policial para benefício dos próprios negócios, inclusive com uso de violência para cobrança de dívidas de clientes inadimplentes. Conforme apurado, ele facilitava a atuação de seus comparsas no funcionamento de jogos ilegais por meio do cargo militar que ocupava.

Escutas e provas

De acordo com o processo, a participação de PX nas irregularidades foi comprovada por meio de escutas telefônicas autorizadas judicialmente, além de outros métodos de investigação. A Justiça concluiu que ele usava a condição de militar para proteger e favorecer práticas ilegais, o que motivou a perda de seu posto e patente.

A defesa de PX chegou a alegar nulidades no processo, como a violação aos princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e publicidade dos atos administrativos, além de pedir sua transferência para a reserva remunerada. No entanto, esses argumentos foram rejeitados.

Decisão do TJMS

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por maioria, julgou procedente a representação proposta pelo Comando-Geral da Polícia Militar, decretando a perda de posto e patente de Paulo Xavier. A corte ainda determinou a cassação de eventuais condecorações, láureas e medalhas recebidas pelo militar.

Dessa forma, PX foi excluído definitivamente da corporação, sem direito à passagem para a reserva remunerada e sem o recebimento de qualquer remuneração, uma vez que a exclusão do oficial implica a perda da condição de militar, com todos os efeitos legais decorrentes.

Filho morto por engano

Paulo Xavier também esteve ligado a outro caso de repercussão. Em 2019, seu filho, o estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, foi executado por engano com tiros de fuzil AK-47, no momento em que manobrava uma caminhonete na frente da casa da família, no bairro Jardim Bela Vista, em Campo Grande.

A morte foi investigada no âmbito da Operação Omertà. De acordo com o inquérito, o jovem teria sido confundido com o pai. O verdadeiro alvo, segundo a apuração, era PX, considerado traidor por integrantes do grupo criminoso ligado à família Name, apontada como organizadora de uma milícia armada que atuava na capital sul-mato-grossense.

A execução foi atribuída a Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, que, segundo as investigações, teria encomendado o crime, acreditando que PX teria rompido com o esquema criminoso do qual já havia feito parte.

JD1 No Celular

Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.

Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.

 

Gerente de Política Ambiental, Bruno Maddalena e o presidente do São Julião, Carlos MelkeGeral

Hospital São Julião conquista prêmio nacional por práticas de sustentabilidade

Horóscopo do dia - Veja a previsão para o seu signo 16/5/2025Geral

Horóscopo do dia - Veja a previsão para o seu signo 16/5/2025

Waldir NevesJustiça

Após liminar do STF, Waldir Neves volta ao TCE e já mexe na pauta

Com 10 horas de diferença, casal morre no mesmo dia após 74 anos de união em Votuporanga (SP)Geral

Até que a morte os separe! Casal morre no mesmo dia após 74 anos de união

Fachada do hospital  Cidade

Atraso no pagamento de salários afeta trabalhadores do Hospital El Kadri

Sede do INSSGeral

INSS alerta para perfil falso nas redes sociais

Fachada da prefeitura de Campo GrandeJustiça

Prefeitura trava guerra contra empresa que cobra R$ 15 milhões na Justiça

Ceasa/MS - Internacional

Juiz mantém condenação por "gatos" na Ceasa contra ex-diretor e eletricista

Justiça manda Justiça

Justiça manda "Márcio Doidão" a júri por matar adolescente com tiro na Capital

'Drive Thru da Reciclagem' coletou mais de 7 toneladas de resíduos na CapitalGeral

'Drive Thru da Reciclagem' coletou mais de 7 toneladas de resíduos na Capital

 

 

 

Reportar Erro
Vanguard - Sound

Deixe seu Comentário

Leia Também

Momento em que o suspeito chega a prisão
Justiça
Assassinato motivado pelo "jogo do tigrinho": acusado pega 17 anos de prisão
Sophia de Jesus Ocampo morreu e caso ainda segue sem respostas
Justiça
Falhas na proteção: juiz condena Estado e Município a pagar R$ 430 mil aos pais de Sophia
Casa onde ocorreu o crime -
Polícia
"Psicopata", diz comandante do Choque sobre assassinato de idoso no Caiobá
Tribunal Regional do Trabalho 5ª Região da Bahia
Justiça
'Adotada' aos 6 anos, jovem será indenizada após 20 anos de trabalho forçado na Bahia
Luan Felipe Pereira Santana -
Polícia
Desentendimento por ex-namorada motivou execução de Luan no Pedrossian
Policial do GAECO -
Justiça
Justiça aponta esquema de desvio na OMEP e impõe R$ 3 milhões em penalidades
Coronel Rigoberto Rocha da Silva -
Polícia
Assassinato no Pedrossian é classificado como acerto de contas: 'premeditado'
Momento em que o suspeito chega a prisão
Justiça
Homem é julgado por matar após briga por dinheiro do "jogo do tigrinho" na Capital
"Sorriso", assassinado com golpes de faca -
Justiça
Mais de 7 facadas: rapaz é condenado a 5 anos de prisão por assassinato na Duque de Caxias
UPA Leblon, em Campo Grande
Saúde
Prefeitura diz que fornece refeições a pacientes e acompanhantes nas UPAs

Mais Lidas

O corpo foi achado na noite de hoje
Polícia
AGORA: Homem é assassinado e enterrado em cova rasa no Caiobá
O caso aconteceu na noite de hoje
Polícia
AGORA: Homem é morto com três tiros na cabeça em Campo Grande
Movimentação Policial - Foto: Ilustrativa / Vinícius Santos
Polícia
AGORA: Homem é baleado em tentativa de execução no Jardim Los Angeles
Dr. Gabriel Alves, prefeito de Corumbá
Política
Prefeito de Corumbá tem 67% de aprovação; 33% reprovam gestão de Gabriel