Janete dos Santos Andrade, 38 anos, mãe do menino Kauan, (caso que repercutiu em 2017 pelo brutal assassinato do garoto), é alvo de inquérito na Justiça pelos crimes de abandono de incapaz e maus-tratos. Três crianças, de 11 meses, cinco e oito anos já foram abrigadas após a constatação de denúncias há quatro meses.
Agora, outras duas crianças de dois e quatro anos, também podem ir para acolhimento, caso seja comprovado os crimes. Janete, que nega deixar os filhos na rua e sem alimentação, compareceu e prestou depoimento no dia 5 de abril, onde também levou as crianças para serem ouvidas.
A delegada Marília de Brito Martins, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), responsável pelo caso disse ao JD1 Notícias, que os menores não se comunicaram com as psicólogas.
Segundo ela, as investigações tiveram início depois das denúncias efetuadas. Há alguns meses, equipes policiais estiveram na residência de Janete onde foram afirmadas a situação.
“Fizemos a investigação e pudemos identificar que as crianças permaneciam em via pública, sem alimentação, sendo alimentados por vizinhos, com muitas faltas na escola, roupas não lavadas, e com isso foi instaurado o inquérito policial para apurar o crime de maus-tratos e abando de incapaz”, explicou a delegada Marília de Brito Martins.
As três crianças foram ouvidas e confirmaram as circunstâncias que indicaram a prática dos dois crimes. Janete foi indiciada, a DPCA notificou o Conselho Tutelar que notificou a Vara da Infância e autoridades competentes avaliaram que as três deveriam ser abrigadas.
Em relação aos outros dois menores Marilia explica que necessita de mais um tempo. “Agora irei verificar se tem mais provas a serem produzidas e relatar no inquérito e encaminhar a Justiça que vai fazer a avaliação da situação, dessas outras duas crianças”, concluiu a delegada.
Caso Kauan
Janete dos Santos Andrade ficou conhecida após o filho Kauan Andrade Soares, nove anos, ter sido violentado pelo professor Deivid Almeida Lopes e mais quatro adolescentes. Depois de morto o corpo teria sido esquartejado e jogado no Córrego Anhanduí. O corpo nunca foi encontrado.
O brutal assassinato ocorreu em 2017, onde a situação precária e de miséria da família também foi exposta. A perícia técnica da Polícia Civil, não conseguiu recolher material genético do garoto, pois, todas as crianças da casa utilizaram a mesma escova de dente.
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