Uma mulher de 36 anos, presa suspeita de ofender um taxista em Belo Horizonte, por ele ser negro responderá por injúria racial, desacato, desobediência e resistência.
O motorista Luís Carlos Alves Fernandes, de 51 anos, relatou que viu Natália Burza Gomes Dupin aparentemente procurando por um táxi na rua onde ele estava parado e ofereceu fazer a viagem. A mulher teria respondido que sim, mas destacou que “não anda com negros”. O caso aconteceu em uma área nobre da cidade. "Eu achei um absurdo aquilo e falei que ela estava sendo racista. Ela me respondeu que era racista mesmo e que não suportava negros", relembrou Luís Carlos.
Revoltado com a situação, Fernandes acionou a polícia. Segundo o motorista, a suspeita teria continuado a discussão e cuspido no pé dele. De acordo com o sargento William Nascimento, após ser abordada, Natália se negou a relatar o caso aos militares negros que atendiam a ocorrência. Durante a prisão, a mulher ainda teria xingado os oficiais e tentado ofender uma sargento dizendo que ela seria homossexual. "Ela [a suspeita] não quis falar muito. Pelo fato de a gente ter a pele escura, ela não quis conversar conosco", conforme um policial.
Natália foi atuada em flagrante pela Polícia Civil e aguarda liberação para ser transferida para o sistema prisional. Acompanhada pelo pai, a mulher passou a madrugada na delegacia e não falou com a imprensa.
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Conforme vítima, mulher disse que era racista mesmo e que não suportava negros (Marcos Vieira)



