A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEMS), juntamente com instituições que compõem a Sala de Guerra, Grupo de Gerenciamento de Situações de Crise, realizou na manhã desta segunda-feira (7), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC-MS), uma nova reunião com foco no acompanhamento e planejamento diante dos impactos das mudanças climáticas sobre os serviços essenciais no estado.
A pauta central do encontro foi a apresentação de dados e projeções sobre o clima para os próximos três meses, com foco em antecipar possíveis riscos e alinhar ações preventivas entre os órgãos públicos e as concessionárias de serviços como energia elétrica, saneamento e gás canalizado.
O diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, destacou a importância da união entre as instituições e a troca de informações estratégicas diante de um cenário climático cada vez mais imprevisível.
Segundo ele, mesmo episódios de curta duração, como quedas de energia por conta de tempestades, já impactam significativamente a vida da população e exigem respostas rápidas e integradas. “Ficar uma hora sem energia impacta muito. Com a Sala de Guerra, conseguimos atuar imediatamente. Assim que a tempestade passa, já estamos trabalhando com Energisa, Sanesul, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e outras instituições. O objetivo é sempre minimizar o sofrimento da população”, ressaltou.
Além disso, o diretor citou exemplos de outros estados, como São Paulo, que enfrentaram longos períodos sem energia após eventos climáticos extremos, reforçando a importância do planejamento antecipado.
“Não é possível evitar totalmente os efeitos da natureza, mas é possível minimizar. Se sabemos que há risco em determinada data ou local, temos que nos preparar. A AGEMS trabalha justamente para isso: para que o impacto seja o menor possível”, finalizou.
Assis também apresentou iniciativas da AGEMS voltadas à prevenção e educação, como o projeto "Plantio e Poda Responsáveis de Árvores", que busca conscientizar a população, principalmente crianças, sobre os riscos de plantar espécies inadequadas próximas à rede elétrica.
A coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec-MS), Valeska Rodriguez falou sobre as condições climáticas observadas em setembro. Mato Grosso do Sul registrou volumes de chuva significativamente abaixo da média histórica. A maior parte do estado teve acumulados entre 0 e 20 mm, com exceção da região extremo sul, onde os índices variaram entre 60 e 120 mm.
De acordo com o levantamento do CEMTEC, dos 64 pontos monitorados, 62 registraram chuvas abaixo da média e apenas dois apresentaram volumes acima do esperado.
Uma das medidas que deve orientar as autoridades é a instalação de 10 estações de monitoramento na Costa Leste do Estado, somando 70 estações que serão suficientes para atender ao Estado. Já com relação aos fluviômetros, a quantidade atual é insuficiente. "São apenas quatro em Campo Grande. No Parque dos Poderes não tem. Ocorreu chuva com granizo na região esses dias e nenhum fluviômetro marcou", contou Valeska.
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Carlos Alberto de Assis (Sarah Chaves/JD1)




